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Campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome” , coordenada pelo Coletivo Banquetaço, promove coalizão pela erradicação da fome no Brasil

Campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome” , coordenada pelo Coletivo Banquetaço, promove coalizão pela erradicação da fome no Brasil

 

Com a benção de Caetano Veloso e 342, ação articula mais de 100 organizações
do terceiro setor e agentes da sociedade civil, como ativistas, pesquisadores e
artistas, em campanha permanente para a erradicação da fome, a partir de
conferência virtual nacional e “marmitaço”

Em decorrência do Dia Mundial da Alimentação Saudável (16 de outubro), do
desmonte de políticas públicas de promoção da soberania alimentar pelo Governo
Bolsonaro e do aumento do número de pessoas em situação de fome na pandemia,
o Coletivo Banquetaço inicia uma grande aliança para a renovação do
enfrentamento da fome no país, unindo mais de cem organizações do terceiro setor
e da sociedade civil. Entre os realizadores, estão Greenpeace Brasil, Slow Food
Brasil, Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), Gastromotiva, Agência
Solano Trindade e MST.

Além de uma campanha informativa, a ação “Gente é pra brilhar, não pra
morrer de fome” promoverá uma programação online entre os dias 12 e 16 de
outubro e um “marmitaço”, nos dias 17 e 18, em diversas capitais do país. Na
abertura (dia 12), o Padre Júlio Lancelotti irá conduzir um ato inter-religioso em sua
Pastoral do Povo da Rua (Centro de São Paulo).
Aderiram à campanha cozinheiros prestigiados como Helena Rizzo, Paola
Carosella, Bel Coelho, Bela Gil, Marie France Henry, Rodrigo Oliveira. Apoiam o
movimento entidades como o Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Brasil A Gosto,
Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, Fóruns Brasileiro e Paulista de
Soberania e Segurança Alimentar e Conselho Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional de São Paulo, entre outros (veja lista completa abaixo).

São alguns dos destaques do Marmitaço o almoço do dia 17 com a chef Bel
Coelho na Tenda Franciscana do Sefras – Serviço Franciscano de Solidariedade, no
Largo do São Francisco, junto com a cozinheira Simone Gomes, do Banquetaço, e
com a presença do Padre Júlio Lancelotti. Neste mesmo dia, a chef Helena Rizzo irá
cozinhar na Agência Solano Trindade, no Campo Limpo, Zona Sul, ao lado do
ativista Thiago Vinícius, sua mãe, a cozinheira Dona Nice, Leila D e do coletivo
Prato Firmeza. Já no domingo, no almoço, o chef Checho Gonzales irá preparar
marmitas junto com o coletivo Sopão das Manas e a nutricionista e ativista da
alimentação Neide Rigo na Ocupação 9 de julho, para depois distribuírem. Também
no domingo, dia 18, o chef Rodrigo Oliveira irá cozinhar com os chefs Paola
Carosella e Edson Leite, do Gastronomia Periférica, na Ocupação Jardim Julieta, na
Zona Norte.

Cozinha da Ocupação 9 de Julho, em São Paulo

Motivada principalmente pela reinclusão do Brasil ao Mapa da Fome
(FAO-ONU) e pelos recentes ataques do Ministério da Agricultura ao Guia Alimentar
Para a População Brasileira, a coalizão pretende ser uma campanha nacional e
permanente para erradicação da fome. “A fome tem classe, cor e gênero. É uma
expressão biológica de um problema social estruturado, normalizado, invisibilizado.
Por isso estamos nos dedicando a reunir e tecer alianças com dezenas de
movimentos, coletivos e plataformas de outros setores apoiadores, no trabalho de ir
às raízes da fome estrutural e trabalhar juntos para transcendê-la definitivamente”,
diz Fabiana Sanches Urbal, uma das articuladoras do Coletivo Banquetaço.
De 12 a 16 de outubro, uma semana de conferências virtuais tratará de forma
estratégica a superação da fome no Brasil, articulando setores distintos, expondo as
complexidades que envolvem o modelo produtivo atual e a potência de sistemas
agroalimentares contemporâneos, a partir do debate e da sistematização das
agendas das organizações participantes e apoiadoras da campanha em âmbito
nacional.

No dia 15, o filósofo Leonardo Boff, o economista e liderança do MST João
Pedro Stedile e a antropóloga Moema Maia falam sobre a luta contra a fome no
contexto das novas economias. No dia 14, o filósofo e líder indígena Ailton Krenak
fala sobre o papel da agroecologia na alimentação do mundo junto de Rogério Dias
(Instituto Brasil Orgânico), Rafaela Alves (Via Campesina e MPA, Movimento dos
Pequenos Agricultores), Maria Emilia Pacheco (Articulação Nacional de
Agroecologia) e Fernando Rabello (Centro de Pesquisa em Agricultura Sintrópica).
No mesmo dia, a historiadora e pesquisadora sobre a fome no Brasil Adriana Salay
e a doutoranda e mestre em sociologia rural Jennifer Tannaka falam sobre o direito
à alimentação, em palestra realizada em parceria com o Greenpeace; entre outros.

Parte dos apoiadores da Campanha na Ocupação 9 de Julho em SP

Também haverá painéis com pesquisadores, cozinheiros, nutricionistas e
especialistas em alimentação para discutir temas como educação alimentar e
valorização da cultura alimentar brasileira. No dia 16, Bela Gil fala sobre alternativas
ao feijão com arroz. Regina Tchelly (Favela Orgânica) fala sobre aproveitamento
integral de alimentos no dia 13; e a nutricionista Valéria Paschoal fala sobre o
potencial revolucionário das PANCS (Plantas Alimentícias não-Convencionais), no
dia 15; entre outros.

As conferências serão gratuitas e abertas ao público. A programação
completa estará disponível em breve no site oficial da campanha,
https://genteprabrilhar.org/.

Parte também importante para a campanha, no final de semana dos dias 17 e
18 de outubro, um grande “marmitaço” unirá os mais diversos coletivos de
distribuição de refeições, incluindo alguns recentemente formados por conta da
pandemia, para pessoas em situação de vulnerabilidade, ocupações e bairros
carentes. Com a impossibilidade de reunir as pessoas em torno dos tradicionais
banquetes em espaços públicos, o Banquetaço realizou uma chamada pública para
esta ação-celebração, a fim de reunir a maior parte das ações de distribuição de
marmitas que vêm fazendo a diferença na vida de milhares de brasileiros em
diversos territórios.

“Queremos cantar em voz única”, diz Adriana Salay, também articuladora da
campanha, que acredita no poder da união de iniciativas para trazer a atenção para
a problemática da fome e consequentemente fortalecer as diversas campanhas de
arrecadação, além de fomentar o espírito de solidariedade que se difundiu
sobretudo nos últimos meses. Iniciada em São Paulo, a campanha já expandiu para
cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Fortaleza.
Para além da grande ação de caráter nacional que será realizada na Semana
da Alimentação, o objetivo é que a campanha se torne permanente, pela
erradicação da fome e pela soberania alimentar no Brasil. “Queremos que essa
campanha paute políticas públicas que se façam necessárias neste momento, além
de informar como a sociedade civil pode atuar no combate à fome”, completa
Adriana.

Sobre o Coletivo Banquetaço
Coletivo de ação direta formado em 2017 pela sociedade civil organizada,
para fortalecer a defesa do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, e
em prol da Soberania e Segurança Alimentar Nutricional (SSAN) para toda a
população. Por meio de banquetes públicos e intervenções, o coletivo busca
sensibilizar a sociedade sobre a importância da “comida de verdade – no campo e
na cidade”, promovendo discussões e articulando atores necessários para que a
mensagem chegue a territórios e públicos cada vez maiores.

Desde o início da articulação, já foram realizadas 6 grandes ações. O
Banquetaço de estreia ocorreu em 2017, nas escadarias do Teatro Municipal em
São Paulo e foi um dos grandes responsáveis por barrar a “farinata”, projeto do
então prefeito João Dória para alimentar a população vulnerável, em desacordo com
pesquisadores e especialistas. Estiveram juntos chefs e cozinheiros, pesquisadores
e ativistas da alimentação, como Neide Rigo, Mara Salles, o sociólogo Carlos
Alberto Dória e o Movimento Slow Food Brasil.

Além da farinata, o Banquetaço já realizou ações pela Feira da Reforma
Agrária (em 2018), contra a PL do Veneno; também foi responsável pelo adiamento
da extinção do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar), numa ação
nacional em 40 cidades. A última ação do grupo havia ocorrido no mercado
municipal do Goiás Velho pela implementação do PNARA (Plano Nacional de
Redução de Agrotóxicos), sempre contando com cozinheiros, pesquisadores e chefs
de todo o Brasil.

Sobre a campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”
Campanha permanente para a erradicação da fome no Brasil, coordenada pelo
Coletivo Banquetaço e que tem como articuladores e porta-vozes Adriana Salay
(pesquisadora da USP e coordenadora do projeto Quebrada Alimentada), Carla
Bueno (engenheira agrônoma e integrante do setor de produção do MST), Fabiana
Sanches Urbal (Slow Food Brasil), Fábio Paes (SEFRAS), Leila D (Rede Sustenta),
Marie France Henry (Diversidade à Mesa), Patty Durães (O Amor Agradece),
Simone Gomes (CAE-SP) e Susana Prizendt (Campanha Permanente Contra os
Agrotóxicos e Pela Vida e Muda-SP).

Participam desta iniciativa:
Banquetaço, MST, Mídia Ninja, Fora do Eixo, Slow Food Brasil, Sefras,
Greenpeace, Projeto Faces e Sustentabilidade, Ministério Público do Trabalho,
Unicamp, MTST, MTD, ONG Banco de Alimentos, Movimento Água no Feijão,
Instituto Mesa Solidária, Gastronomia Periférica, Gastromotiva, Coletivo SGM Brasil,
Agência Solano Trindade, Mundo Mesa, Nosso Prato, MUDA-SP Mov. Urbano
Agroecologia, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São
Paulo, Fórum Paulista de Soberania e Segurança Alimentar, Fórum Brasileiro de
Soberania e Segurança Alimentar, FIAN Brasil, Aliança pela Alimentação Adequada
e Saudável, AAO – Associação de Agricultura Orgânica, Ação Cidadania Zona Sul,
Cooperativa Terra e Liberdade, Quebrada Alimentada, Amor Agradece, Existe Amor
em SP, Extraordinários: Cozinha Santo Antônio, Casa da Agnes e Olho no olho;
Marmita Solidária, Rede Solidária Vila Leopoldina, Entregadores Antifascistas,
Sopão das Manas, Iacitata-Ponto de Cultura Alimentar, Associação PIDS/Butantã,
Projeto Palco Jaguaré, Comunidade 1010 / Cufa, Mobiliza Jaguaré, Creative
Commes, Mulheres do Gau, Plataforma da Terra ao Prato, Mato no Prato, Marmita
Solidária, Rede Sustenta, Fórum Social Leopoldina, Periferia Viva, Projeto Brasil
Popular, Instituto ATÁ, Instituto de Pesquisa da Cozinha e da Cultura Brasileiras,
Casa Chama – espaço coletivo de cuidados LGBTQI, Gwatá – Núcleo de
Agroecologia e Educação no Campo, Essá Filmes, Feira Solidária RN, Quarentena
do Bem, Feito formiguinhas, Vontade de Quê?, Mulheres Coralinas, RAMA – Rede
de Apoio a Mulheres Agroflorestoras, Instituto Kairós, Comida Invisível, Núcleo de
Direito Humano à Alimentação da OAB/SP, VP Centro de Nutrição Funcional,
Brasilândia Nossas Vidas Importam, Instituto GAS, Na Rua Somos 1, O Joio e o
Trigo, Ocupação 9 de Julho, Instituto Ibia, Pastoral da Criança, Movimento Nacional
de Meninos e Meninas de rua, Nutrire – Gastronomia Social, Restin, Cozinheiros do
Bem-Food Fighters, Maré de Sabores | Redes da Maré, Jabra Ação Entre Amigos,
CSA Brasil, Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional, Consea RS, Pontes da Terra,
AMAR-mita e Prato Firmeza.

file:///C:/Users/Roger/Downloads/marmitac%CC%A7o-13.pdf

Serviço:
Conferências:
As conferências realizadas pela campanha serão transmitidas no canal do Youtube.
Parte delas será transmitida nos canais de outros realizadores parceiros, como o
Greenpeace Brasil. A programação completa pode ser vista no site e a cobertura,
nas redes sociais da campanha.

Site: https://genteprabrilhar.org/
Youtube: https://tinyurl.com/genteprabrilhar
Instagram: @gente.prabrilhar
Facebook: https://www.facebook.com/Gente.prabrilhar