Anitta e o episódio no voo abre debate sobre direitos e convivência
Especialista analisa questões legais e sociais levantadas pelo desabafo da cantora nas redes sociais
A postagem recente de Anitta, em que a cantora relata uma experiência vivida durante um voo, levantou questões que vão além do humor ou do cotidiano. O relato, que envolve crianças chorando e sua dificuldade em lidar com a situação devido ao TPM, traz à tona reflexões sobre direitos, convivência em espaços públicos e comportamentos nas redes sociais.
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No Brasil, apesar de não haver uma legislação específica sobre o TPM (Tensão Pré-Menstrual), essa condição pode ter implicações jurídicas. “Uma pessoa que sofre de TPM pode fundamentar uma ausência no trabalho, conquistar estabilidade no emprego e, em casos específicos, ter reconhecido o direito ao tratamento psicológico ou médico”, afirma o advogado Francisco Gomes Júnior, presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor) e especialista em direito digital.
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Outro ponto destacado na publicação de Anitta é o incômodo causado pelo barulho em ambientes como aeronaves. Embora não existam limites claros para ruídos dentro dos aviões, o desconforto pode ser relatado à tripulação. “Passageiros que se sintam incomodados podem apoiar a equipe para tentar minimizar o problema”, explica. Ele ainda aponta que algumas companhias aéreas já oferecem áreas “child-free”, voltadas para passageiros que preferem viajar em ambientes sem crianças, uma alternativa que começa a ganhar espaço.
O caso reforça como questões aparentemente triviais pode abrir debates sobre direitos e convivência, destacando a importância de soluções equilibradas e respeito em ambientes compartilhados.
A cantora Anitta finaliza seu relato refletindo sobre a cultura de cancelamento e a rapidez com que situações podem se tornar virais nas redes sociais. “Hoje, qualquer atitude tem potencial para virar uma tendência ou motivo de ataque. O contexto digital exige cuidado redobrado com palavras e ações”, destaca o advogado.