São Paulo celebra Dragon Boat Festival em comemoração aos 50 anos de relações Brasil-China
Evento destacou tradições milenares chinesas, promoveu intercâmbio cultural e homenageou mulheres sobreviventes do câncer de mama
Um festival de cores, tradição e emoção transformou a Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP), no último sábado (31), em um verdadeiro elo entre culturas. Comemorando o tradicional Dragon Boat Festival — ou Duanwu, celebrado há mais de dois milênios na China —, o evento marcou também os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China, reforçando laços de amizade e cooperação.

Intitulado “Dragon Boat Day: 50 anos das Relações Brasil e China – Uma História de Amizade”, o festival foi promovido pelo Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina) e pelo Chinese Bridge Club in São Paulo, com apoio do Consulado da China em São Paulo, da Associação Chinesa de Barco Dragão do Brasil, da Cult SP e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Reuniu autoridades, lideranças institucionais e representantes da imprensa em uma celebração multicultural inédita.

A programação teve início com as tradicionais Dança do Dragão e Dança do Leão, símbolos da cultura chinesa associados à prosperidade e proteção. O público pôde assistir também ao Ibrachina Musical Project, grupo que une sonoridades tradicionais chinesas a ritmos brasileiros, além de participar de oficinas e atividades interativas voltadas à valorização do intercâmbio cultural.
Um dos momentos mais emocionantes do festival foi protagonizado pelas equipes de remadoras rosas — mulheres que venceram o câncer de mama e hoje se dedicam ao esporte como forma de superação. Grupos de São Paulo (Remama e UmaUma), Santos (Nina Rosa) e Rio Grande do Sul (Panapaná e Tchê Rosa) marcaram presença nas competições e nas homenagens.
“Esse esporte ensina valores fundamentais entre o antigo e o novo, entre a cultura chinesa e o Brasil”, afirmou Alexandra Pereira, idealizadora do Instituto UMAUMA Remando Pela Vida.
A cônsul-geral adjunta do Consulado da China em São Paulo, Zhang Xi, destacou o valor simbólico da iniciativa: “É uma alegria participar desse evento tão interessante para promover o intercâmbio cultural entre Brasil e China. Com o apoio do Ibrachina, mulheres sobreviventes do câncer de mama encontram no dragon boat uma maneira de recuperação. Espero que, no futuro, mais amigos brasileiros possam participar do esporte e experimentar essa tradição chinesa”
O presidente do Ibrachina e do Chinese Bridge Club in São Paulo, Thomas Law, agradeceu os apoiadores e destacou a relevância da iniciativa: “Este esporte e o Dragon Boat Festival aqui na USP têm um significado muito importante não só na parte cultural, mas também pela parceria com a Universidade de São Paulo. A instituição criou um centro de estudos Brasil-China para promover cultura e educação”
O evento foi também uma homenagem à diretora do Instituto Ibrachina, Ana Law, e contou com a participação de Paulo Ferreira, representante da vereadora Edir Sales, presidente da Frente Parlamentar Brasil-China na Câmara Municipal, além de André Sun, diretor de cultura do Chinese Bridge Club.
Sobre o Ibrachina
Fundado em 2018 pelo Dr. Thomas Law, advogado, o Ibrachina é um Instituto sociocultural que tem como finalidade promover a integração entre as culturas e os povos do Brasil, China e de países que falam a língua portuguesa. O Ibrachina atua em parceria com universidades, entidades e associações, além de fazer parte das Frentes Parlamentares Brasil/China, BRICS, criadas pela Câmara dos Deputados, e de Cooperação Política Cultural entre Brasil, China, Coreia e Japão, da Câmara Municipal de São Paulo.