Diretora da Marie Claire fala sobre influenciadores de moda: “As revistas e o jornalismo de moda perderam o trono”
No novo episódio do “Central 900”, podcast produzido pela Faculdade Cásper Líbero, a diretora de redação da revista de moda Marie Claire, Maria Rita Alonso, falou sobre os caminhos do jornalismo de moda, suas tendências e adaptações ao longo dos anos.
O programa, que vai ao ar nesta terça-feira (01), discutiu como as empresas editoriais, que tiveram ascensão e se consolidaram no impresso, através de revistas, tiveram que se adaptar na era digital. “As marcas de moda tem pilares editoriais muito sólidos que são como um grande guia para entregar notícias, onde quer que ela seja: Videocast, Instagram, ou em outras plataformas”, comenta Maria.
A diretora também destacou como a tecnologia impulsiona tendências vestuárias a se disseminarem de forma muito rápida, coisa que não acontecia no passado: “Antigamente, historicamente, era do topo (passarela) para a base da sociedade (ruas), e hoje em dia isso também acontece, mas também é da base para o topo. A moda de rua também dita moda para a passarela”.
Ao longo do episódio, Maria Rita explora a relação entre o audiovisual e a moda, e como eles sempre andaram lado alado, principalmente no Brasil, com a popularização das novelas. “Moda tem haver com sonho, e o audiovisual traz cápsulas de sonhos”, observa. Ela também analisa a ascensão de influenciadores digitais nesse meio, e como as revistas e portais precisam dividir espaço com os criadores de conteúdo: “As revistas e o jornalismo de moda perderam o trono, mas a coletividade é importante também. Eu não vejo pelo lado negativo”.
Maria Rita completou refletindo sobre a dualidade de desejo pela exclusividade e o senso de pertencimento que a moda traz para a sociedade: “As pessoas querem ser únicas, mas também fazer parte de algo maior”.