Acessibilidade urbana em centros históricos do Brasil é tema de debate com a arquiteta Fernanda Andrade

Acessibilidade urbana em centros históricos do Brasil é tema de debate com a arquiteta Fernanda Andrade

A discussão sobre acessibilidade urbana ganha cada vez mais espaço quando o assunto é a preservação e revitalização dos centros históricos no Brasil. A arquiteta e urbanista Fernanda Andrade defende que a inclusão deve ser parte essencial dos projetos de conservação, garantindo que todos possam usufruir do patrimônio cultural e arquitetônico das cidades.

Segundo a arquiteta, os centros históricos apresentam um grande desafio: conciliar a preservação das características originais dos espaços com a adaptação necessária para receber pessoas com mobilidade reduzida, idosos e portadores de deficiência. “É possível preservar a memória arquitetônica e, ao mesmo tempo, tornar os espaços acessíveis. A arquitetura deve ser inclusiva, e isso passa por soluções criativas que respeitem a história e ampliem o direito de ir e vir”, destaca Fernanda.

Entre as propostas defendidas pela profissional estão a instalação de rampas discretas e integradas ao contexto histórico, a criação de rotas acessíveis, a sinalização tátil para pessoas com deficiência visual e a modernização de calçadas e praças sem descaracterizar o patrimônio.

Fernanda Andrade também aponta que a acessibilidade não é apenas uma obrigação legal, mas um investimento social que fortalece o turismo cultural e a valorização das cidades históricas. “Quando pensamos em acessibilidade, estamos falando de inclusão, dignidade e também de desenvolvimento econômico. Um centro histórico acessível recebe mais visitantes, movimenta o comércio e reforça a identidade da cidade”, afirma.

O debate sobre o tema vem crescendo em diversas cidades brasileiras, como Ouro Preto, São Luís e Olinda, que possuem patrimônios reconhecidos mundialmente, mas ainda enfrentam desafios na adaptação de seus espaços públicos.

Para a arquiteta, o caminho é o diálogo entre preservação e inovação. “É preciso unir gestores públicos, arquitetos, historiadores e a própria comunidade para que a acessibilidade seja vista como parte do futuro dos nossos centros históricos”, conclui.

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