Dia Mundial do Diabetes alerta para prevenção e complicações que podem levar à cegueira

Dia Mundial do Diabetes alerta para prevenção e complicações que podem levar à cegueira

O Brasil ocupa o 6º lugar no ranking mundial de países com maior número de pessoas com diabetes. São mais de 16 milhões de brasileiros vivendo com a doença e, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), em quatro anos houve uma alta de 5,7%.

O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, reforça a importância da prevenção, diagnóstico precoce e controle rigoroso da doença, que é silenciosa, mas pode causar complicações graves se não for tratada adequadamente.

De acordo com o clínico geral Valdir Russo, do Hospital Santa Casa de Mauá, o diabetes é uma doença crônica causada pela falta ou má absorção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas responsável por controlar os níveis de glicose no sangue. “Muitos pacientes não sentem sintomas no início, mas a falta de tratamento pode levar a quadros graves, como infarto, AVC, problemas nos rins, nos pés, nas pernas, neurológicos e também oftalmológicos”, alerta o médico.

Entre as complicações mais preocupantes está a retinopatia diabética, uma doença que afeta a retina, região responsável por formar as imagens e pode evoluir para cegueira irreversível. Segundo o oftalmologista Fernando Naves, também do Hospital Santa Casa de Mauá, os pacientes com diabetes têm risco significativamente maior de perder a visão.

“No início, a retinopatia diabética pode não apresentar sintomas, porém, com o tempo surgem visão borrada, manchas e dificuldade para enxergar à noite. Por isso, as visitas regulares ao oftalmologista são essenciais”, orienta o especialista.

A retinopatia diabética pode se apresentar em duas formas: não proliferativa, estágio inicial, em que há hemorragias e vazamento de líquidos na retina; proliferativa, estágio avançado que provoca o crescimento anormal de vasos sanguíneos, sangramentos e até descolamento da retina.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, angiografia por fluoresceína, tomografia de coerência óptica e exame de fundo de olho. O tratamento depende da fase da doença e pode incluir medicações, aplicação de laser (fotocoagulação), injeções intraoculares, terapia anti-VEGF ou cirurgia de vitrectomia.

Além do acompanhamento médico, os especialistas destacam que hábitos saudáveis são fundamentais no controle da glicemia e na prevenção das complicações. Alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do peso e do estresse ajudam a evitar o avanço da doença.

O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis- Mauá – fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ .

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