Dores musculoesqueléticas atingem os professores e exigem prevenção
A dor no sistema musculoesquelético é um dos principais sinais de que o corpo está enfrentando sobrecarga ou algum tipo de lesão. Geralmente, esses desconfortos são consequência do uso inadequado ou excessivo das estruturas corporais. Entre as diversas categorias profissionais, os professores estão mais expostos a esse tipo de problema.

As longas jornadas em pé, o estresse e o uso contínuo de tecnologias educacionais são um dos principais vilões da saúde física dos educadores que sofrem com algum tipo de dor musculoesquelética, como dores lombares e cervicais, tendinites e bursites em ombros e lesões por esforço repetitivo.
Segundo Marcelo Ruck, ortopedista da Santa Casa de Mauá, o corpo do professor é seu instrumento de trabalho. “Quando não há atenção à postura, pausas e ergonomia, o risco de dor crônica e afastamentos crescem de forma absurda”, alerta o especialista.

Essas condições estão associadas a uma rotina que exige permanecer em pé por longos períodos, carregar materiais didáticos pesados e utilizar computadores, tablets e lousas digitais de forma inadequada, muitas vezes sem mobiliário ergonômico.
Os problemas muscoesqueléticos exigem tratamento individualizado e multidisciplinar, envolvendo ortopedistas, fisioterapeutas e educadores físicos. “Qualquer uma das patologias, quando diagnosticadas precocemente, respondem positivamente ao tratamento. A fisioterapia postural, o fortalecimento muscular e as adaptações ergonômicas costumam devolver a qualidade de vida e evitar afastamentos prolongados. Em casos mais graves, podem ser indicadas infiltrações, uso de analgésicos e anti-inflamatórios ou programas de reabilitação ocupacional”, afirma o ortopedista Marcelo Ruck.
Prestar atenção aos sinais do corpo é a melhor estratégia para preservar a saúde musculoesquelética e prevenir as patologias. Entre algumas recomendações estão alternar períodos em pé e sentado durante as aulas; evitar carregar peso em excesso; fazer alongamentos rápidos a cada 40 minutos de atividade; manter o mobiliário ergonômico, ajustando a altura da cadeira e da tela do computador; praticar atividades físicas regulares, como pilates, natação ou caminhada; procurar acompanhamento médico periódico, mesmo na ausência de dor intensa.
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