Inscrições para nova turma de apadrinhamento afetivo estão disponíveis no Grande ABC

Inscrições para nova turma de apadrinhamento afetivo estão disponíveis no Grande ABC

ONG Ficar de Bem celebra aumento de 40% na procura e reforça importância do afeto como ferramenta de transformação social

A ONG Ficar de Bem abre as inscrições para a nova turma do Projeto Fênix, iniciativa de apadrinhamento afetivo que tem mudado a vida de crianças e adolescentes acolhidos em São Bernardo do Campo. O serviço, que promove vínculos afetivos entre adultos voluntários e jovens sob tutela do Estado, registrou um aumento de 40% na procura neste primeiro semestre em comparação ao ano anterior.

Desde 2016, o Projeto Fênix vem construindo histórias de afeto e presença. Administrado pela instituição, referência regional no cuidado e fortalecimento de vínculos com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, o serviço conecta voluntários a crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos que vivem em acolhimento institucional, oferecendo a eles experiências afetivas fora dos abrigos.

“O apadrinhamento afetivo é uma chance de oferecer mais do que cuidado, é sobre ser referência, companhia e apoio. Vemos esse crescimento na procura como um reflexo da consciência coletiva de que toda criança e jovem precisa de afeto para se desenvolver plenamente”, afirma Ariane Bravin, psicóloga e coordenadora de projetos da ONG. A organização reforça o convite para que mais pessoas conheçam e se envolvam com a causa. Hoje, são 20 crianças e adolescentes que aguardam por um padrinho ou madrinha afetiva na cidade do Grande ABC.

A ONG Ficar de Bem conta com o apoio da organização alemã KNH (Kindernothilfe) e atua em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê, no artigo 19-B, o direito à convivência comunitária e ao fortalecimento de laços afetivos como parte essencial do desenvolvimento humano.

Para ser padrinho ou madrinha, é preciso ter mais de 25 anos, morar em São Bernardo do Campo, não estar na fila de adoção, ter estabilidade emocional e familiar e uma diferença de pelo menos 14 anos em relação ao afilhado. O processo de formação inclui entrevistas, visitas domiciliares, oficinas sobre desenvolvimento infantojuvenil, e uma palestra com uma defensora pública sobre direitos e deveres. Já as crianças passam por oficinas que explicam, com linguagem acolhedora, o que é o apadrinhamento, sempre reforçando que não se trata de adoção, mas de uma relação afetiva constante.

“Os encontros com os padrinhos começam de forma mensal, podendo se tornar mais frequentes com o tempo. O processo completo, desde a inscrição até a primeira noite da criança na casa do padrinho, leva cerca de seis meses. Apesar da burocracia, cada etapa é pensada para garantir a segurança emocional e física tanto da criança quanto da família”, reforça Ariane.

Os primeiros encontros são mensais, podendo se intensificar com o tempo, conforme o vínculo se fortalece. Todo o processo, da inscrição ao início da convivência, leva cerca de seis meses. A nova turma começa a ser formada em junho e os interessados podem participar de reuniões informativas antes da inscrição oficial. Mais informações estão disponíveis pelo site ficardebem.org.br, pelo WhatsApp (11) 99862-4355 ou pelo e-mail projetofenix@ficardebem.org.br

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