Ana Lisboa integra o Conselho da Fundação Laço Rosa e reforça a importância do cuidado integral da mulher
Psicanalista e terapeuta sistêmica traz uma nova abordagem para a saúde física e emocional das mulheres
Ana Lisboa, uma das principais vozes em terapias sistêmicas e empoderamento feminino, assume um novo desafio: integrar o Conselho Consultivo da Fundação Laço Rosa, referência na causa do câncer de mama. A nova Conselheira participou na última quarta-feira, dia 2, da cerimônia de iluminação rosa do Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor. O evento de abertura do Outubro Rosa que é um movimento global de conscientização sobre o câncer de mama, reúne autoridades e convidados especiais.

Para Ana, essa é uma oportunidade de transformar como a saúde da mulher é vista, especialmente entre os 30 e 60 anos. Esse período da vida é marcado por um acúmulo de responsabilidades – carreira, família, vida pessoal – e, frequentemente, uma desconexão com o próprio corpo. “Vivemos em uma aceleração constante, sempre cuidando de todos à nossa volta, e acabamos nos esquecendo de nós mesmas, ressalta Ana.
De acordo com a American Cancer Society, o câncer de mama continua sendo o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo, com cerca de 2,3 milhões de novos casos diagnosticados globalmente em 2020. Dados do INCA apontam 74.000 novos casos de câncer de mama para 2024. Mulheres na faixa etária entre 40 e 60 anos estão entre as mais afetadas, representando um grupo de risco significativo para o desenvolvimento da doença.
Ana acredita que a vulnerabilidade pode estar relacionada à desconexão com o feminino interno. “Nosso corpo fala o que nossa mente e emoções não conseguem expressar. Quando negligenciamos nossos próprios limites e necessidades, as doenças podem surgir como um sinal de alerta”, afirma. Em sua experiência na clínica médica, Ana observou que muitas pacientes oncológicas possuíam perfis psicológicos semelhantes: mulheres que se colocam em segundo plano para cuidar dos outros e têm dificuldades em dizer ‘não’. “Essas mulheres, que estão sempre à disposição de todos, acabam esquecendo de si mesmas. E muitas vezes, a doença é uma forma de o corpo chamar atenção para essa desconexão”, reflete.

A sobrecarga emocional e física, associada a fatores hormonais e genéticos, contribui para o aumento de problemas de saúde que vão além do câncer de mama, como câncer de colo do útero e ovários policísticos. Os estudos também indicam que mulheres que enfrentam altos níveis de estresse têm um risco aumentado de desenvolver doenças crônicas, incluindo câncer.
O Outubro Rosa, que visa conscientizar sobre o câncer de mama, também é uma oportunidade de refletir sobre a saúde integral da mulher. Ana Lisboa reforça que é necessário abordar não só o físico, mas também o mental e emocional das pacientes. “Quando uma mulher recebe o diagnóstico de câncer, toda a sua vida é afetada. Não podemos olhar apenas para o corpo. A saúde emocional é um pilar fundamental nesse processo”, defende.
Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia, divulgada em abril de 2023, revelou que 70% das pacientes oncológicas são abandonadas pelos parceiros. Outras pesquisas mostram que mulheres que recebem apoio psicológico durante o tratamento oncológico têm maior chance de sucesso na recuperação e uma qualidade de vida significativamente melhor. “Redes de apoio emocional são essenciais. As mulheres precisam redescobrir sua força interior e aprender a se colocar em primeiro lugar, algo que muitas vezes esquecemos ao longo dos anos”, destaca a psicanalista.
Com a chegada de Ana Lisboa no Conselho Consultivo da Fundação Laço Rosa, a expectativa é que a sua contribuição possa ampliar ações que abordem o apoio emocional e mental às mulheres diagnosticadas com câncer de mama. “Precisamos trabalhar para que as mulheres se reconectem com seus corpos e sentimentos, promovendo uma conexão que vai além do físico. O câncer é uma batalha que exige força em todas as dimensões da vida”, afirma Ana.
“A presença de Ana Lisboa no Conselho Consultivo da Fundação Laço Rosa é um marco importante para nossa missão de oferecer um cuidado integral às mulheres. Ana traz uma visão inovadora e profundamente humana, baseada em sua vasta experiência em terapias sistêmicas e no empoderamento feminino. Seu olhar para a saúde emocional, mental e física das mulheres com câncer de mama fortalecerá ainda mais nossas iniciativas. Juntas, estamos comprometidos em transformar a forma como as mulheres enfrentam essa jornada, proporcionando não apenas tratamento, mas também acolhimento e reconexão com suas próprias forças internas”, afirma Marcelle Medeiros, presidente da Fundação Laço Rosa.
O trabalho de Ana na Fundação Laço Rosa pretende fortalecer as redes de apoio emocional, essenciais para a recuperação e bem-estar das mulheres diagnosticadas com câncer, promovendo uma abordagem holística para a saúde física e mental.
Ana Lisboa @analisboa
Psicanalista, professora, empresária, advogada, palestrante e fundadora do maior movimento de saúde mental feminina do mundo. Ana possui formações em Psicologia Positiva, Neurociências e Terapia de Casais. Graduada também em Direito, especialista em Direitos das Mulheres, e mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Autónoma de Lisboa, é pioneira em Constelações Familiares e Organizacionais no Brasil e na Europa. Fundadora e CEO do Instituto Conhecimentos Sistêmicos, escola de formação superior reconhecida pelo MEC e especializada em saúde mental feminina, Ana é especialista em terapias sistêmicas e lidera a comunidade Feminino Moderno com mais de 65 mil alunas em 42 países.