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24/2 ESTREIA VIOLETA PARRA EM DEZ CANTOS TEATRO ITÁLIA BANDEIRANTES

24/2 ESTREIA VIOLETA PARRA EM DEZ CANTOS TEATRO ITÁLIA BANDEIRANTES

Espetáculo, com texto do premiado

Luís Alberto de Abreu, traça um paralelo

entre a trajetória da multiartista chilena  e a colonização da América Latina

“Violeta Parra em Dez Cantos”

Estreia dia 24 de fevereiro, no Teatro Itália Bandeirantes

Foto de Jow Coutinho

Violeta Parra foi a primeira artista latino-americana a ter uma exposição individual no museu do Louvre e é autora de “Gracias a la Vida”,

reconhecida como uma das mais belas canções de todos os tempos

“Para Aristóteles, o daimon é uma entidade que simbolizava virtude e sabedoria, a essência mais iluminada do ser humano, na qual o potencial está oculto. A função é nos fazer trilhar o caminho que a gente veio ao mundo para percorrer. Resolvi usar essa imagem para construir a trajetória de Violeta Parra, que supera tantas adversidades para alcançar seu grande propósito de vida”.

Luís Alberto de Abreu

Autor da peça

Violeta Parra (1917-1967) é uma das vozes mais sensíveis e competentes que cantaram a história da América Latina. Muitas das composições da artista chilena são comprometidas com a luta dos oprimidos e contra a injustiça social. A partir do dia 24 de fevereiro, a vida e obra da compositora, cantora, poeta, ceramista, bordadeira e artista plástica vai entrar em cena com o solo musical “Violeta Parra em dez cantos”, texto do renomado Luís Alberto de Abreu, direção de Luiz Antônio Rocha, atuação de Rose Germano e direção musical de Aline Gonçalves. A peça é a segunda de uma trilogia concebida pela atriz e pelo diretor sobre a relevância das mulheres latinas, a primeira, foi “Frida Kahlo, a deusa Tehuana”, em cartaz desde 2014.

Foto de Dalton Valério

“Gracias a la vida, que me ha dado tanto

Me ha dado el sonido y el abecedario

Con él las palabras que pienso y declaro

Madre, amigo, hermano y luz alumbrando

La ruta del alma del que estoy amando”

(Trecho da música “Gracias a la Vida.”?

VIOLETA PARRA EM DEZ CANTOS chega ao palco do Itália Bandeirantes na contramão dos grandes musicais americanos, com um solo musical em que evoca a sonoridade dos povos latino-americanos, tão pouco conhecida pelo público brasileiro. O dramaturgo, Luís Alberto de Abreu, foi muito feliz em fazer uma abordagem crítica e contemporânea sobre a contribuição cultural de Violeta Parra para a América Latina tendo na figura da artista a expressão de uma arte decolonial.

A atriz Rose Germano, acompanhada em cena pelo violonista paulista Bruno Menegatti, interpreta grandes sucessos da compositora chilena, como a canção: “Volver a los 17”, mais conhecida no Brasil nas vozes de Mercedes Sosa e Milton Nascimento e “Gracias a la Vida”, imortalizada nas vozes de Mercedes Sosa, Elis Regina, Fafá de Belém, Simone, Alcione entre outros.

Violeta explorou em suas composições a sonoridade de instrumentos como o charango, a quena, o bombo leguero e o guitarron chileno, que colorem seus sons com cores dessa terra. Reencontrar-se com essa música é reencontrar-se com esses caminhos que contornam nossa América”, avalia a diretora musical Aline Gonçalves, “

“Violeta Parra, a “peregrina que não cabia dentro de si”, teceu o próprio destino com a sua capacidade de criar, interagir e copilar a sua cultura para dar voz aos esquecidos”, lembra Rose Germano. “Assim como ela, tantas outras mulheres artistas brasileiras, como Maria Carolina de Jesus, Clarice Lispector, Djanira e Leila Diniz, são símbolos de extrema importância na construção de uma identidade feminina própria, pois saíram do papel de figura representada para produzir arte, romper paradigmas e escrever sua própria história.

A atriz Rose Germano nasceu na Paraíba, num lugarejo chamado Riacho do Meio e traz toda a força e a luta das mulheres nordestinas, além da semelhança física com a cantora chilena. As duas histórias se entrelaçam, traçando paralelos entre a vida da atriz e da artista chilena, e aborda temas como a valorização dos povos oriundos de outras culturas, a difusão da cultura latina, a vida, o amor e a morte.  Quando trazemos a voz de uma mulher latina como protagonista, estamos trazendo à luz a cultura latina que, durante muitos anos, foi apagada pela imposição de uma cultura que não é genuinamente a nossa, e sim dos nossos colonizadores”, conta o diretor Luiz Antonio Rocha.

“Falei de mim, da terra seca de onde eu vim, onde as

pedras nos ensinam a dureza e o valor raro do que é delicado. As pedras

me apontaram o humano de todas as coisas, eu disse a ela. Violeta sorriu

e passou longas tardes me contando desventuras de sua vida…

Nessa viagem, nos ligamos de maneira profunda.

Talvez porque ela busque tantas coisas na vida como eu, talvez por ela

ser meia indígena como eu. Não sei se ela era descendente de

mapuche, huiliche, diaguita, aymará, talvez de todas elas. Eu venho dos

Cariri, da Paraíba.” (trecho da peça)

Sinopse

“Violeta Parra em Dez Cantos” é uma celebração emocionada da vida e da arte de uma das maiores artistas latinas, que cantou alto o amor, a revolta, as dores e as misérias de seu povo. Através da história e das músicas da chilena Violeta Parra, a peça traça, de maneira crítica, um “raio x” da colonização da América Latina.

VIOLETA PARRA EM DEZ CANTOS

Dramaturgia: Luís Alberto de Abreu

Direção: Luiz Antônio Rocha

Atuação: Rose Germano

Direção Musical: Aline Gonçalves

Músico: Bruno Menegatti

Duração:  60’ 

Recomendação: 12 anos

Gênero: Drama

Estreia: dia 24 de fevereiro

Temporada: de 24 de fevereiro a 28 de abril. Sábados, às 20h e Domingos, às 19h.

Ingressos: R$120 | R$ 60 meia

Vendas pelo site: https://bileto.sympla.com.br/event/89840/d/231713/s/1575096

Bilheteria abre duas horas antes do espetáculo

Teatro Itália Bandeirantes – 290 lugares

Av. Ipiranga, 344 – República – São Paulo