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Artistas Azuhli e Sérgio Gurgel, da exposição “Tempo e Transparência”, que marca a abertura da Casa Gabriel, realizam conversa hoje (09) com o curador

Artistas Azuhli e Sérgio Gurgel, da exposição “Tempo e Transparência”, que marca a abertura da Casa Gabriel, realizam conversa hoje (09) com o curador

O curador Marcus Lontra e os dois artistas — Azuhli e Sérgio Gurgel –, que participam da exposição “Tempo e Transparência”, irão realizar uma conversa sobre o conceito da mostra. O evento é gratuito, aberto ao público e marca a abertura oficial da Casa

Azuhli e Sérgio Gurgel, artistas plásticos que participam da mostra “Tempo e Transparência” na noite de inauguração (08/11) da Casa Gabriel em São Paulo. | Crédito: Denise Andrade.

A cidade de São Paulo ganha um novo espaço dedicado inteiramente à cultura e à arte. Localizada no número 2906 da alameda Gabriel Monteiro da Silva, no bairro Jardim América, a Casa Gabriel abre as suas portas no dia 09 de novembro. A inauguração no novo espaço será marcada pela abertura da exposição “Tempo e Transparência”. Com curadoria de Marcus Lontra, a mostra coletiva reúne um conjunto de obras de seis importantes artistas contemporâneos cearenses: Azuhli, José Leonilson, Luiz Hermano, Tetë de Alencar, Sérgio Gurgel e Sérvulo Esmeraldo. Hoje (09/11),  quarta-feira, às 18h, acontece uma conversa entre o curador e os artistas Azuhli Sérgio Gurgel. Os três irão falar sobre a exposição, suas trajetórias artísticas e as obras que o público poderá encontrar na mostra. O evento é gratuito e aberto.

Idealizada e dirigida pela fotógrafa e empresária cearense Renata Vale, a Casa Gabriel se propõe a ser um espaço de cultura cujo objetivo é produzir e difundir arte e conhecimento, com ênfase na produção de artistas plásticos contemporâneos do Nordeste brasileiro, sobretudo os novos talentos, a nova geração; oferecendo vivências culturais por meio do exercício do debate e dos aprendizados que o diálogo é capaz de fomentar.

A mostra referencia, inicialmente, Sérvulo Esmeraldo, artista seminal nos movimentos da arte construtiva e cinética brasileira; cujo trabalho dialoga com as obras de José Leonilson e Luiz Hermano, expoentes da relação entre arte e processos artesanais, característica dos anos 80. Os três – Sérvulo Esmeraldo, Leonilson e Luiz Hermano – tem em comum uma espécie de ‘artesania’ em suas obras – rendas com material rígido, bordados, materiais industriais –, remetendo ao trabalho das rendeiras cearenses de forma elegante e provocativa. Num outro eixo, Tetê de Alencar incorpora valores subjetivos e uma poética intimista, além de ampliar o potencial visual da exposição com instalações, vídeos e objetos não convencionais, enquanto Azuhli e Sérgio Gurgel apresentam um conjunto de obras de grande força expressiva e impacto visual imediato.

Nas palavras do curador, “são obras inquietantes e surpreendentes, que trabalham a ideia da relação do artesanato, de uma construção de obra que dialoga, de certa forma, com tudo o que encontramos ao caminhar na rua. É a arte popular em seu sentido mais amplo – aquela que vemos nas periferias de São Paulo, Rio e Fortaleza, mas com um tratamento muito erudito e sofisticado.”, explica Lontra.

“Quando uma pessoa se dedica a entender um lugar, ela consegue ver toda a riqueza daquela história. E no Nordeste, principalmente os artistas nordestinos, – existe uma coisa muito curiosa sobre a maior parte deles, que é o fato de conseguirem ter uma linguagem muito sofisticada. As cidades de Fortaleza e Recife, por exemplo, são lugares com uma vida cultural muito intensa! Não devem nada a cidades como Rio e São Paulo. Mas, ao mesmo tempo, eles têm uma ‘pegada’, uma sensibilidade de uma cultura popular que está ali pulsando, que está muito evidente. Então é a mistura perfeita entre o popular e o erudito.”, comenta o curador da mostra, Marcus Lontra.

Como ponto de referência, são todos eles artistas cearenses que, ao extrapolar os limites do regionalismo, projetam imagens que se inserem no cenário da arte contemporânea nacional e internacional. Sem menosprezar algumas características locais, com origem na tradição visual nordestina, esse grupo de artistas integra aspectos subjetivos e objetivos, provocando equações poéticas de extrema sensibilidade e inteligência.

 

Serviço
Casa Gabriel 

Inauguração do espaço: 09 de novembro, quarta-feira, a partir das 10h

Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2906 – Jardim América, São Paulo – SP

Exposição: Tempo e Transparência

Período expositivo: 09 de novembro a 11 de fevereiro de 2023

Horários de visitação: Segunda a sexta-feira, das 10 às 19h; sábados, das 11h às 15h

Entrada gratuita