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Bastidores do Cidade Matarazzo: entenda como foi a “tropicalização” do projeto externo do Hotel Rosewood

Bastidores do Cidade Matarazzo: entenda como foi a “tropicalização” do projeto externo do Hotel Rosewood

Crédito: Grupo VG

O projeto foi desenvolvido com eucalipto, a “nova” madeira nobre. No total foram utilizadas mais de 5 mil barras de madeira nas áreas abertas e comuns do complexo.

  Foram 14 anos de espera, desde a aquisição do complexo Matarazzo, pelo Groupe Allard, em 2008, até a inauguração da primeira fase da Cidade Matarazzo, em janeiro deste ano,  já complementando uma parte do único hotel 6 estrelas do Brasil, o RoseWood. Com empreendimento assinado por  dois ícones da arquitetura mundial – Jean Nouvel e Philippe Starck -, um dos maiores desafios deste megaprojeto, segundo o próprio Alexandre Allard, diretor do grupo, foi viabilizar o projeto com uso de materiais genuinamente brasileiros. “Hoje eu posso afirmar que 90% dos fornecedores deste projeto são locais, com materiais produzidos no Brasil”, afirmou Allard em uma de suas entrevistas.

E realmente Allard estava certo: quando o projeto assinado por Nouvel e Starck chegou ao Brasil, um grande quebra-cabeça foi montado para chegar de fato à essência e inspiração traçada pelos arquitetos, inclusive na área externa, com a estruturas cobertas nas áreas comuns.

Quem relata é Bruno Watanabe, CEO da Vertical Garden, empresa contratada para fazer toda a “tropicalização” do projeto nas áreas comuns. “É mais do que normal quando, empresas de fora, fazem um tipo de projeto pensando em sua cultura . Foi assim que aconteceu quando o Grupo Allard nos procurou, pois o que estava desenhado teve que sofrer adaptações em relação ao nosso mercado”, explica o executivo.

Uma das escolhas que realmente levam o DNA da Vertical Garden é o uso de tecnologia agregada à sustentabilidade do projeto como um todo. No momento de definir qual tipo de madeira seria a protagonista, o eucalipto foi unanimidade.

Tratado como “patinho feio”, por décadas pelos fabricantes,  arquitetos e amantes de madeiras, o Eucalipto sempre viveu às sombras de outras madeiras, como , mogno, cedro, tauari e jequitibá. Entretanto, o jogo mudou devido a intensidade das agendas e compromissos sustentáveis das empresas com o meio ambiente, e atualmente o Eucalipto é visto como madeira nobre por  possuir densidade, resistência e propriedades técnicas parecidas com as do carvalho e da faia. Sua aparência é comparada ao mogno e ao jatobá.

“Embora seja um produto originário da Austrália, o eucalipto se adaptou facilmente com o nosso clima. Com isso existe uma grande oferta e regularidade de entrega, além de ser a primeira madeira nobre oriunda de plantio florestal”, justifica Watanabe.

Na tropicalização do projeto da Cidade Matarazzo, foram utilizadas mais de 5 mil barras de eucaliptos para produzirem duas estruturas – Pool House e Swimming Pool -, de madeiras na área externa do Hotel Rosewood, sendo ambas criações de Philippe Starck.

Sobre o Grupo VG – É a holding responsável por gerir e acelerar as greentechs Vertical Garden, ONE, G-BRANDS, Watanabe e Hidrossemeadura VG. Com mais de 4.500 projetos executados em paisagismo full service, conta com filiais na América do Sul, Norte e Europa. Sua metodologia é oferecer soluções em paisagismo, sustentabilidade e meio ambiente full service, contando com uma equipe de projetos multidisciplinar formada por arquitetos, engenheiros, biólogos, paisagistas, agrônomos, decoradores, comunicadores, publicitários, entre outros. É a única empresa com um ecossistema ativo para consolidar o setor de paisagismo no Brasil.