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Cristina Suzuki ocupa Salão do Paço de Santo André com sua série “Imprinting” a partir de 05/07.

Cristina Suzuki ocupa Salão do Paço de Santo André com sua série “Imprinting” a partir de 05/07.

Primeiro projeto individual da artista na cidade, a “Ocupação” poderá ser visitada gratuitamente a partir de 5 de julho. Entrada gratuita.

 De 5 de julho (terça, a partir das 16h) a 20 de agosto, o Salão de Exposições do Paço recebe a Ocupação de Cristina Suzuki. Esta é a primeira vez que a artista visual realiza um projeto individual na cidade em que vive e trabalha há mais de 20 anos.

O projeto, aprovado no Proac Expresso Lei Aldir Blanc no 50/2021, levará a arte contemporânea por meio de instalações da artista a um espaço importante para o cotidiano do município: O Salão de Exposições do Paço, localizado na Praça IV Centenário. Inaugurado na década de 60 o Salão de Exposições do Paço, compõe o conjunto arquitetônico e urbanístico localizado no centro da cidade que foi projetado pelo arquiteto Rino Levi um dos maiores nomes do modernismo no Brasil e paisagismo do renomado artista brasileiro Roberto Burle Marx.

A Ocupação nasce da série “Imprinting”, iniciada em 2012, em que, a partir de um desenho inicial criado por ela e combinado com ele mesmo de diferentes maneiras, com um carimbo, a artista transforma esse elemento – chamado por ela de “Figura 1” – em novas imagens sobre os mais variados suportes, proporções e arranjos.

Começando por pequenas dimensões, em papéis, como pequenas gravuras em um processo artesanal, até passar a superfícies maiores e mídias digitais. Todo processo tem como referência as tintas de carimbo, portanto, o público poderá observar a predominância do azul na obra de Suzuki.

Para a artista, a Ocupação, mais do que uma exposição, pode ser traduzida como um evento que tem a proposta de conversar com o espaço expositivo – O Salão de Exposições, localizado na Praça IV Centenário, no Centro de Santo André, área que compreende o Paço Municipal do município e concentra os três poderes, além do Teatro Municipal, a Biblioteca, o auditório e o edifício da Secretaria de Cultura – com as suas características originais, como ele vem sendo disponibilizado ao público e como esse público interage com ele.

O Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André carrega características marcantes da arquitetura modernista, como a simplicidade das formas, com uma estética clean, a valorização de espaços livres e iluminados e o uso de vidro – recurso que permite uma integração maior com a paisagem do entorno.

E é justamente para dar acesso ao que geralmente fica restrito a quem está dentro dos espaços expositivos que, neste projeto, Suzuki combinará a sua “Figura 1” com ela mesma para criar padrões complexos e distintos e ocupar todos os painéis do salão que têm a face voltada para o exterior do Salão. O espaço será ocupado de dentro para fora: durante o período da intervenção, o Salão permanecerá fechado e o público será convidado a acessar a obra da artista sem adentrar o espaço, mas o contornando

“Como artista, tenho um posicionamento de levar trabalhos para fora dos espaços institucionais de artes visuais, de deslocar o circuito de arte contemporânea até esse outro espaço no intuito de quebrar uma certa barreira que o circuito formal nos impõe. O que me proponho é trazer a arte contemporânea para o cotidiano, incentivar as pessoas a procurarem outros artistas e perceberem que nós, que trabalhamos com essa linguagem, estamos muito mais próximos do dia a dia delas do que se imagina, ocupando e nos relacionando com os mesmos espaços públicos”, afirma Cristina Suzuki.

“Imprinting” em espaços públicos

Cristina Suzuki realiza projetos que fomentam as artes visuais não só de Santo André, mas da região do ABC, como orientação de artistas visuais, curadorias e produção cultural. O edital da Lei Aldir Blanc possibilitou à artista realizar esse tipo de ocupação anteriormente com mesmas premissas de ocupar e interagir com espaço público de Santo André.

“Desde que comecei a ocupar espaços externos, surgiu o desejo de criar instalações mais permanentes, fazendo com que esse trabalho reverbere na região em que eu mesma ocupo, como uma obra pública”, conta Suzuki. A obra pública de 150 metros instalada em 2021 no muro externo da Escola Estadual Papa João I – que fica no Parque Novo Oratório, bairro onde a artista mora e instalou seu ateliê – também foi aprovada por meio da Lei Aldir Blanc em 2020 e desdobrada em um minidoc.

Ainda no ano passado, em São Paulo, mais um projeto de Suzuki foi selecionado pela Funarte SP para ocupar seus espaços expositivos no Teatro de Arena Eugênio Kusnet e na parede extrena Alex Vallauri no Complexo Cultural na Alameda Nothmann, que ainda está disponível para visitação.

Sobre a artista

CRISTINA SUZUKI (1967, São Paulo) vive e trabalha em Santo André, SP. Formada pela Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (Santo André, SP) em 1990. Pesquisa padrões de diferentes naturezas, possibilidades de reprodutibilidade e alternativas de ‘pulverização’ do trabalho de arte, utilizando gravuras, fotografias, objetos, instalações, desenhos digitais e vídeos. Além de sua produção autoral, realiza orientação de artistas visuais, curadorias e é produtora cultural. Tem participações em diversos salões de arte contemporânea no Brasil e obras nos acervos institucionais.

Dentre as exposições, destacam-se: Individuais: 2021 – Padrões Formados por figura 1 e figura 1 espelhada alternadas – Texto Rejane Cintrão – Funarte – São Paulo, SP; 2020 – Padrão – Zipper Galeria – São Paulo, SP – texto de Júlia Lima; 2018 – Figura 1 e figura 1 espelhada alternadas – Galeria de Arte Digital do SESI – São Paulo, SP; 2017 –Fig. 1 e Fig. 1 espelhada alternadas – Adelina Galeria – São Paulo, SP – curadoria Ananda Carvalho; 2016 – Edital de ocupação espaços SESI – Suzano, SP; 2014 – Programa de Exposições da Casa da Cultura de Paraty – Parati, RJ; 2012 – Rendas Digitais – Espaço Cultural do Solo Sagrado – São Paulo, SP; 2006 – Fotocelular – Centro Cultural Bernardo Mascarenhas – Juiz de Fora, MG. Coletivas: 2022 – O Tempo Das Coisas – Proposição de  Edmilson Nunes – Centro Cultural dos Correios – Rio de Janeiro, RJ; O Corpo do tempo, da psique e a voz – curadoria Bruna Marassato e Paula Fiorotti – Pinacoteca de São Caetano do Sul – SCS, SP; Passagens: 1968-2022  – curadoria Reinaldo Botelho  – Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André; 2020 – Festival Arte como Respiro do Itaú Cultural (on-line); Prêmio Funarte RespirArte (on-line); Diálogos Distantes – Casa Tato – São Paulo, SP – curadoria Guilherme Teixeira, Márcio Harum e Nancy Betts; 2017 – Para que eu possa ouvir – Adelina Galeria – São Paulo, SP – curadoria Douglas Negrisolli; 2016 – Salão de Arte Contemporânea de Santo André – Santo André, SP; 2013 – Salão da Praia Grande – Praia Grande, SP; 2011 – 20º Salão de Artes Plásticas de Atibaia – Atibaia, SP; 39º Salão de Arte Contemporânea de Santo André – Santo André, SP (Prêmio Aquisição); 2009 – Programa Anual de Exposições MARP – Ribeirão Preto, SP; 2007 – Arte Pará – Belém, PA; 2006 – Bienal do Recôncavo – São Félix, BA.

SERVIÇO

Ocupação – de Cristina Suzuki

Texto de apresentação de Nancy Betts

Abertura: 05 de julho (terça) – das 14h às 21h.

Visitação: de 05 de julho a 20 de agosto de 2022.

Local: Salão de Exposições do Paço – Praça IV Centenário, s/n, Centro, Santo André – SP.

Todos os dias, 24h, gratuito.