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Ele se formou em Santo André e agora lidera pesquisa da vacina de Oxford

Ele se formou em Santo André e agora lidera pesquisa da vacina de Oxford

O infectologista Pedro Moreira Folegatti, 34 anos, formou-se em 2009 pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), em Santo André.

Em 2014, o paulista mudou-se para o Reino Unido para fazer um mestrado em saúde pública quando surgiu a oportunidade de trabalhar para no Jenner Institute (da Universidade de Oxford).

Atualmente, ele é o principal pesquisador do estudo conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre uma das mais promissoras vacinas contra a Covid-19.

Folegatti atua como líder clínico dos estudos do imunizante e é responsável por coordenar o acompanhamento de cerca de 10 mil voluntários.

“Antes da pesquisa do coronavírus começar, a gente estava trabalhando com uma vacina parecida para a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio, também causada por um coronavírus) e calhou de os resultados terem sido publicados na mesma época, quando as coisas começaram a explodir”, explica o ex-aluno da FMABC.

Segundo o pesquisador, a vacina é baseada num adenovírus (causador de resfriado) de chimpanzé, que é incapaz de se reproduzir dentro do corpo. Os cientistas, então, trocam esses genes por outros que vão levar proteínas de quaisquer outros vírus ou patógenos para onde se quer gerar proteção.

No caso da Covid-19, são trocados os genes de replicação do adenovírus por genes que vão codificar proteínas da superfície do coronavírus atual. “A grande vantagem de usar essa plataforma é que a gente consegue produzir vacina mais rápido utilizando o mesmo molde e trocando só o antígeno, que é o pedaço que a gente espera que vá induzir uma resposta imune”, explica o infectologista.

A rotina tem sido desgastante. São, em média, apenas quatro horas por dia de sono. Para amenizar a ansiedade pelo tão esperado resultado dos ensaios clínicos, o pesquisador encontra apoio na esposa e na filha, com quem vive na Inglaterra. “Elas têm um papel fundamental nesse processo para garantir a minha sanidade mental.”, relata.

A íntegra do estudo pode ser acessada pelo link https://is.gd/KWfcdQ (com informações do jornal O Estado de São Paulo).