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Exposição da Paulista chega à sua sétima edição com o tema Feminino Plural

Exposição da Paulista chega à sua sétima edição com o tema Feminino Plural

A 7ª Exposição na Paulista traz obras inéditas de duas mulheres, alinhando o tema com ações da União Geral dos Trabalhadores – UGT

Em 3 de junho, dia de Corpus Christi, chega à 7ª edição a Exposição da Paulista, iniciativa da União Geral dos Trabalhadores – UGT, que em 2021 traz um tema importante e urgente às mulheres e à população preta do Brasil: Feminino Plural.

Sustentando a necessidade de políticas públicas, o cumprimento dos instrumentos nacionais e internacionais de direitos humanos e o fim de todas as formas de violências e discriminações sobre mulheres e a população preta, questões abordadas pela central sindical em sua atuação juntos aos trabalhadores, a UGT convidou a jornalista, escritora, curadora e consultora de moda Lillian Pacce para a curadoria, que selecionou duas artistas/mulheres, com origens e trajetórias distintas, para traduzirem o tema:  Criola, mulher preta, artista visual, que faz da arte urbana a sua luta política para fortalecer as mulheres, explorando cores e elementos brasileiros e com influência nas matrizes africanas, e Claudia Liz, artista multimídia, ícone da moda capaz de colocar sua arte em contextos tão diversos como ilustrar a coluna de política de um jornal de grande circulação e atuar num ensaio fotográfico pleno de atitude e questionamentos.

A curadora ressalta a importância da discussão de questões tão urgentes para a toda a sociedade, através desta exposição de grande força tanto imagética, quanto do conteúdo transmitido por elas: “Tudo é muito forte! As obras produzidas exclusivamente para ‘Feminino Plural’ são ao mesmo tempo um alento e um alerta para este momento sombrio. A força das mensagens, das cores e da produção destas duas artistas, vindas de universos tão distintos, costuram vários temas absolutamente relevantes para toda a coletividade como diversidade, liberdade, sororidade, igualdade de direitos e resistência das mulheres, brancas, pretas ou indígenas.”

“Homenageio aqui mulheres que tem muito a nos ensinar e convido vocês a ouvirem suas vozes, convido vocês também a refletirem sobre padrões de beleza que encarceram o feminino e sobre o desejo de liberdade e de segurança para simplesmente ser mulher e exercer uma cidadania plena e equitativa. Não ha espaço na Paulista para todas nos entrarmos, então selecionei algumas mulheres que foram importantes nessa reflexão: Djamila Ribeiro, Tomie Ohtake, Sonia Guajajara, Marielle Franco, entre outras” declara Cláudia Liz.

E Criola emenda: “Fico muito feliz e honrada com o convite para participar desse projeto, principalmente pela importância em abordar temas urgentes e necessários exatamente nesse momento histórico que estamos atravessando.”

Coordenada pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, criadora da série, com coordenação artística de Mônica Maia e Fernando Costa Netto – DOC Galeria, a Exposição da Paulista, uma das maiores exposições ao ar livre do mundo ocupará, de 3 a 30 de junhoum quilômetro da ciclovia da principal artéria da cidade, a Avenida Paulista, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas.

“Feminino plural, esse tema sempre foi muito caro à UGT. Essas bandeiras nos acompanham desde a nossa fundação, em 2007. Agora, estamos fazendo essa exposição, homenageando as mulheres. Todas elas, brancas ou pretas, são muito importantes nessa luta pela igualdade de direitos”, afirma Ricardo Patah, presidente da UGT e atual presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Após seis edições – 30 Anos de Redemocratização do Brasil (2015); 100 Anos do Samba (2016); 17 Objetivos para Transformar o Mundo (2017); A Quarta Revolução Industrial (2018); DIREITO DO AVESSO | AVESSO DO DIREITO (2019); e Liberdade e Democracia (2020) – e já consolidada, a Exposição da Paulista caminha agora para se tornar um evento oficial da cidade de São Paulo

A mostra, que traz 30 obras inéditas criadas especialmente sobre o tema, 15 de cada artista, amplia seu alcance, através de uma visita virtual, que será lançada logo após a abertura – que tradicionalmente acontecia em maio em celebração ao Dia do Trabalho, em 2020 e, agora, em 2021, foi transferida por imposição da pandemia da Covid-19, seguindo os protocolos assumidos pelo Governo Estadual e pela Prefeitura de São Paulo.

“A Exposição em formato virtual amplia para todo o Brasil e para fora também o alcance da Exposição para além dos 5 milhões de pessoas diferentes que passam em um mês pela Paulista. As ações digitais de lançamento, como podcasts e lives com curadoria e artistas, aumentam a eficiência das contrapartidas aos patrocinadores e massifica ainda mais a discussão de temas tão fundamentais como etnia e gênero”, declara André Guimarães, da Maná Produções.

Combater discriminações raciais, étnicas, religiosas e de gênero é missão da UGT, que vem trabalhando pelo desenvolvimento e execução de políticas públicas específicas para estes grupos historicamente vulneráveis.

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada à UGT e à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, atuou na efetivação do Programa São Paulo Contra o Racismo, mediante a realização de cursos de sensibilização acerca das questões étnico raciais para os comerciários, sendo a UGT a responsável pela celebração do primeiro contrato de cotas em uma empresa, em 2003, além de, em 2013, mover-se pela aprovação da resolução que destina 10% das vagas dos contratos com terceirizados da Justiça do Trabalho para afrodescendentes.

Apesar de serem a maioria da população brasileira (51,8%, segundo o IBGE), as mulheres ainda enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos no mercado de trabalho. As mulheres, em especial as mulheres negras, são as que mais sofrem com a pobreza extrema, com o analfabetismo, com as falhas do sistema de saúde e com a violência doméstica. A UGT mantém sua luta pelos direitos dos trabalhadores e, em especial, pelas mulheres, neste momento em que a pandemia escancara as diferenças e as dificuldades existentes em nosso país e a perda de direitos dos trabalhadores se aprofundam. A mesma pesquisa mostra que mais da metade das mulheres que tem crianças de até 3 anos estão fora do mercado (54,6%). Isso sem falar no aumento da violência doméstica e dos casos de feminicídio durante a pandemia.

“Lute você também contra o feminicídio, o racismo, os preconceitos, os assédios, o machismo, o patriarcalismo, a misoginia, as desigualdade de gênero e as injustiças sociais, econômicas e raciais”, declara Chiquinho Pereira, Secretário Nacional de Organização e Formação Político-sindical da UGT, que completa: “As mulheres e meninas merecem respeito, empoderamento, apoio e participação efetiva de toda a sociedade brasileira nos debates e ações por seus direitos humanos e pelo fim de todas as formas de violência, opressão e discriminação.”

Exposição na Paulista – Feminino Plural tem o patrocínio de Renner, Magazine Luiza, Edenred/ Ticket, Carrefour, Casas Bahia e Dia Supermercados, com apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Câmara de Vereadores de São Paulo, através da vereadora Sandra Santana, responsável pela emenda parlamentar que permitiu a realização do evento, que conta ainda com o apoio da CPPU – Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, CET, Ilume e Subprefeitura da Sé.

 

Exposição da Paulista – Feminino Plural

De 3 a 30 de junho de 2021

Ciclovia da Av. Paulista, da Rua Augusta à Al. Campinas

 

Realização: UGT – União Geral dos Trabalhadores

Coordenação Geral: André Guimarães – Maná Produções

Coordenação Artística: Mônica Maia e Fernando Costa Netto – DOC Galeria

Coordenação de Produção: Tiago Sena – Maná Produções

Montagem e Infraestrutura: All Light

Curadoria: Lillian Pacce

Artistas: Criola e Claudia Liz

Exposição virtual: Daniel Kfouri