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Jovens empreendedores do Grande ABC produzem e doam protetores faciais para profissionais de saúde.

Jovens empreendedores do Grande ABC produzem e doam protetores faciais para profissionais de saúde.

Ação disponibiliza 2 mil máscaras de acetato para atender a demanda dos hospitais da região

Com o propósito de atender os agentes de saúde que atuam na linha de frente dos hospitais do Grande ABC no combate ao coronavírus, as empresárias andreenses Talita Strachini e Tatiana Strachini e os engenheiros elétricos Odair Sardinha Junior e Fernando Souza Sardinha se juntaram em uma ação voluntária que reuniu um grupo de amigos que possui impressoras 3D para produzirem 2 mil protetores faciais, também conhecidos como “face shields”. Até o momento já foram doadas 800 peças.

A máscara, feita em acetato transparente, serve para criar uma verdadeira barreira de proteção para reforçar a prevenção do contágio de doenças respiratórias, contribuindo com a eficiência dos demais EPI´s utilizados no atendimento a pacientes contaminados pela covid-19. “Reunimos um pequeno grupo de amigos de diversas áreas de atuação e enxergamos que a comunidade de impressão 3D estaria empenhada a desenvolver esse projeto em benefício a milhares de profissionais de saúde”, afirma Fernando Souza Sardinha.

Com a adesão dos voluntários, um software de desenho criou um modelo 3D capaz de otimizar o tempo de impressão de cada máscara de proteção, que normalmente seria de 2 horas, para 50 minutos.

“Estamos enfrentando uma situação jamais prevista em nossas vidas. Como atuamos na área de saúde e estamos na linha de frente vivendo a situação de perto, fizemos contato com as secretarias de saúde das cidades do Grande ABC mapeando os centros médicos municipais que mais necessitam desse tipo de equipamento que chega para trazer uma proteção a mais para os agentes de saúde que estão na linha de frente neste combate”, explica Talita Strachini, que comanda a GC Medical, empresa que há mais de 10 anos fornece materiais cirúrgicos para hospitais e clínicas.

Com a ampliação do projeto o grupo contou com o apoio de uma indústria fabricante de caminhões da região, que cedeu espaço na fábrica para uma pequena linha de produção, além de disponibilizar mais impressoras 3D e colaborar com o custo de matéria-prima, que também foi conquistada por uma vaquinha virtual, para alcançar a meta de produção de 2 mil protetores faciais.

“Estamos com um grupo de colaboradores e voluntários que diariamente auxiliam na produção, embalagem e logística para beneficiar o maior número possível de profissionais”, complementa Odair.

A doação, que já passou pelo Hospital Mario Covas, Hospital Municipal de Santo André e Hospital de Clínicas Municipal de São Bernardo, beneficiou também a UPA do bairro Alvarenga e os Hospitais de Campanha de Santo André localizados no Estádio Bruno Daniel e no Complexo Esportivo Pedro Dell´Antonia. O próximo passo é atender o Hospital Nardini em Mauá, Hospital Municipal de São Caetano do Sul.

O grande diferencial da “face shield” é que o EPI não é descartável, sendo possível higienizar antes e depois do uso. “Nossa ideia é continuar firme com o compromisso de responsabilidade social com nosso município criando possibilidades para desenvolver novas soluções, finaliza Tatiana Strachini.