Memorial da América Latina inaugura nesta quinta, 1º de dezembro, exposição inédita do artista Eury Moreira sobre Orixás

A mostra “Orixás” retrata, em dez esculturas sobre telas, as divindades da religião iorubá com materiais como pedras naturais, crochê e fibras naturais

O Memorial da América Latina inaugura nesta quinta, 1º de dezembro, a exposição inédita “Orixás”, do artista Eury Moreira. A mostra apresenta dez esculturas sobre tela com divindades da religião Iorubá como Oxalá, Iemanjá, Oxum e Nanã, no espaço Multiuso.

Sons de natureza, aromas, esculturas sobre telas feitas com peças de origem natural e trajes das divindades, trajes estes pertencentes ao acervo do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro, do Memorial da América Latina, recebem o público em “Orixás”. “A exposição convida os visitantes a terem mais fé, paz e amor no mundo, independente de religião ou credo”, diz Eury Moreira.

Eury Moreira é fascinado pelo tema das religiões africanas, por suas cores e influências de outras religiões como o catolicismo e o espiritismo, bem como das referências trazidas pela cultura indígena. “Orixás” é sua primeira exposição individual, embora ele possua obras expostas em galerias de arte em São Paulo, Salvador e Los Angeles.

A criação do trabalho apresentado na exposição surgiu a partir de um sonho do artista. Eury conta que estava em um momento de muita angústia, com sua grande incentivadora, tia Eby, doente. No sonho, ele estava à beira do mar e uma luz pedia para que ele voltasse a criar.

Foi inspirado nesse sonho e com trilha sonora de Maria Bethânia que nasceu a Coleção “Orixás”, onde as divindades Oxalá, Iemanjá, Oxum, Nanã, Cosme e Damião, Oxóssi, Ogum, Xangô, Exu e Iansã são retratadas em tela e com o uso do crochê, pedras naturais como cristal, hematita, quartzo azul e a pirita, metal como cobre, latão, alumínio, miçangas e fibras naturais.

Durante o processo de criação das obras, o artista fazia uma oração e sentia o que deveria ser feito. Ao término da confecção das dez obras, a Tia Eby faleceu. Para ele, ficou claro como cada religião contribuiu para sua formação como pessoa e artista.

INAUGURAÇÃO
A abertura da exposição acontecerá no dia 1º de dezembro, a partir das 19h. O evento contará com apresentação do projeto “Xingu”, feito por dois artistas pioneiros da cena de música e vídeo tecnológicos no Brasil, Paula Chalup e Spetto.

Paula é uma das mais importantes DJs e uma das primeiras mulheres a discotecar no Brasil e tem no currículo mais de 20 anos de carreira com mais de 30 singles lançados e hoje integra o casting da D.O.C. Records. Forma também o coletivo Gang e a dupla 2 Attack com o lendário DJ Mau Mau.

O VJ Spetto é um dos gigantes do Video Mapping e Vjing por aqui e tem passagens pelos Jogos Olímpicos, Jogos Sulamericanos, MOMA, Teatros Municipais do Rio e SP, além de vários prêmios como melhor VJ do mundo. É também criador e fundador do United VJs, grupo de artistas nacionais e internacionais consagrados do Video Mapping.

“Xingu” é fruto de um primoroso trabalho de pesquisa musical, cultural e identidade visual dos dois artistas. É uma junção de vídeo mapping e música experimental, combinado com house music e tec house para embalar clubes Europeus e Festivais de Música, com vocais e edição de imagens da etnia indígena Huni Kuin (Kaxnawa) do Acre. Os convidados na abertura de “Orixás” vislumbrarão projeções deslumbrantes feitas a partir de uma vivência real na tribo indígena da Amazônia, com fotos que mostram a riqueza e a beleza dessa comunidade.

VISITAÇÃO GUIADA PELO ARTISTA
Nos dias 3 e 4 de dezembro, a partir das 13h, Eury Moreira estará presente para oferecer ao público do Memorial da América Latina uma visita guiada pela exposição. A atividade é gratuita e acontecerá por ordem de chegada.

SOBRE O ARTISTA
Eury Moreira nasceu no interior de São Paulo e tem 45 anos. Em 2005, o artista fez suas primeiras telas sobre a umbanda e expôs as obras em São Paulo. É fascinado pelo tema, por suas cores e influências de outras religiões como o catolicismo e espiritismo e ainda elementos da cultura africana e indígena. O artista é representado pelo escritório de arte Almavera. “Orixás” é sua primeira exposição individual, mas ele possui obras em galerias de arte em São Paulo, Salvador e Los Angeles.

Serviço
Memorial da América Latina | Espaço Multiuso (Avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda (acesso pelos portões 8 e 9)
Abertura: 1º de dezembro, às 19h
Visitação: De 2 de dezembro a 8 de janeiro, de terça a domingo
Horários: Dia 2 de dezembro: das 10h às 14h | Dias 3 e 4 de dezembro: das 10h às 21h | De 5 de dezembro a 8 de janeiro, das 10h às 17h
Entrada gratuita
Sem necessidade de agendamento