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Memorial da América Latina reinaugura obra “Etnias – do Primeiro e Sempre Brasil”, da artista Maria Bonomi

Memorial da América Latina reinaugura obra “Etnias – do Primeiro e Sempre Brasil”, da artista Maria Bonomi

Obra de arte composta por painéis talhados em relevo está localizada na passagem que liga o Terminal Barra Funda ao Memorial da América Latina

O Memorial da América Latina entregará em 26 de janeiro, às 19h, a reforma e restauro da obra “Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil”, de autoria da artista plástica ítalo-brasileira Maria Bonomi. Trata-se de um conjunto de painéis talhados em relevo que relêem a iconografia acumulada em torno da história dos indígenas. Foram usados argila, bronze e alumínio, dispostos no meio da passagem de nível em forma de painéis e totens.

A restauração foi operada pela própria artista e sua equipe, com infraestrutura cedida pelo Memorial. Em cerca de seis meses, foram realizados restauração dos degraus com a pintura de todas as tribos indígenas brasileiras e com os nomes das placas do painel, limpeza e proteção das placas, colocação de novos espelhos, substituição do piso antigo e impermeabilização do novo, recuperação e restauração do teto e troca da iluminação.

Inaugurada em 2008, a instalação está localizada na passagem de nível de 50 metros que liga o terminal Barra Funda ao conjunto arquitetônico. Nesse corredor, espelhos em toda a extensão das duas paredes e a iluminação cenográfica emolduram painéis e totens que recontam de forma estilizada a história do indígena brasileiro. Nas escadas, estão gravados nomes indígenas de diversas etnias.

Resultado de uma intensa pesquisa em textos de Darcy Ribeiro, mas também em vasta coleção de iconografia colonial, o painel procura trazer o olhar do passante para questões relativas à contribuição do indígena na formação da cultura brasileira em três fases, gravadas em barro e transformadas em cerâmica, bronze e alumínio. A primeira representa o território e cultura indígenas antes da ocupação portuguesa, a segunda relaciona elementos europeus e nativos, mostrando como os viajantes enxergavam os naturais americanos, e a terceira remete à atualidade, atentando para a questão da destruição dos índios brasileiros.

A obra será reaberta com acesso gratuito, de terça a domingo, das 10h às 17h. O acesso será pelos portões 2 e 5.

SOBRE A ARTISTA
A ítalo-brasileira Maria Bonomi é uma das mais respeitadas artistas plásticas do país. Tem doutorado em Poéticas Visuais pelo Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), propondo questões sobre arte pública. Suas obras figuram em renomados museus e coleções particulares nacionais e internacionais. Em 1989, com o Memorial da América Latina ainda em construção, Bonomi é convidada por Oscar Niemeyer a erguer um painel em solo-cimento, denominado “Futura Memória”. Nele, a artista inscreve tradições míticas latino-americanas que se estendem por todo território, do México à Patagônia. Através de signos, ela relaciona crenças e convicções capazes de unir a América Latina em uma única direção, desde seus tempos mais remotos até futuro desconhecido.

Em 2021, a artista inaugurou outra obra de arte no Memorial: “Réquiem aos tombados pela Covid-19 na América Latina”, em homenagem àqueles que pereceram devido à pandemia.

Serviço
Memorial da América Latina (Avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda | acesso pelos portões 2 e 5)
Inauguração: 26 de janeiro, às 19h
Visitação: de terça a domingo, das 10h às 17h
Entrada gratuita
Sem necessidade de agendamento