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Projeto que cria distritos turísticos no Estado de SP está pronto para votação em Plenário

Projeto que cria distritos turísticos no Estado de SP está pronto para votação em Plenário

Parlamentares encerraram etapa da discussão na sessão extraordinária desta quarta-feira
Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo encerraram, nesta quarta-feira (26/5), a etapa de discussão do projeto que cria distritos turísticos no Estado de São Paulo e incorpora a logomarca “SP pra Todos” aos materiais de promoção turística. A proposta está pronta para ser votada em sessão extraordinária, ainda sem data definida.

O Projeto de Lei 723/2020, enviado pelo Executivo, visa ampliação econômica ligada ao turismo; o desenvolvimento da economia local, com geração de emprego e renda; o fortalecimento da competitividade do turismo de São Paulo; e a melhoria de infraestruturas por meio de investimentos públicos e privados.

Para a criação dos distritos turísticos, o governo do Estado vai considerar áreas territoriais situadas em um ou mais municípios paulistas que tenham relevância paisagística, natural, arquitetônica, histórica, cultural ou étnica; complexos de lazer ou parques temáticos; praias; e potencial para o desenvolvimento do turismo nacional ou internacional.

Poderão ser adotadas pelo governo e municípios novas políticas sobre créditos e tributos, a fim de incentivar o desenvolvimento dos distritos. Além disso, será incorporada a logomarca “SP pra Todos” às campanhas de divulgação do turismo paulista.

Caso aprovado, o texto assinado pelo governador João Doria e o secretário de Turismo, Vinicius Lummertz, possibilitará a criação do distrito da região do Serra Azul, que reúne os municípios de Itupeva, Jundiaí, Louveira e Vinhedo. Com cerca de 10 milhões de visitantes ao ano, a região de Itupeva abriga os parques Hopi Hari, Wet n’ Wild e os shoppings Outlet Premium e Serra Azul.

“A região de Itupeva já é um distrito de fato, mas ainda não tem uma organização nesse sentido. É preciso ordenar para permitir que os empreendimentos venham. Teremos aqui um polo mundial de turismo na prática. Temos outras regiões de grande potencial, como o Vale do Ribeira, por sua vocação para o ecoturismo”, afirmou Lummertz.

Morador do município, o deputado Adalberto Freitas (PSL) disse acreditar que a proposta será benéfica para a região. “Em Itupeva existem dois parques temáticos que são famosos, por isso as pessoas acabam frequentando muito aquela região. Eu entendo que se a iniciativa privada consegue colocar equipamentos como esse, que atrai turistas para as cidades, obviamente, com a ajuda do governo, com incentivo de empresários que possam participar, nós teremos uma condição melhor de levar para a população entretenimento e lugares para as pessoas visitarem. Isso trará para a nossa região um ganho a mais na questão turística”, afirmou.

Segundo o Anuário Estatístico de Turismo 2020, desenvolvido pela Coordenação-Geral de Dados e Informações do Ministério do Turismo, o Estado de São Paulo é o que mais recebeu turistas internacionais no Brasil. Cerca de 2,3 milhões de pessoas vindas do exterior visitaram o Estado em 2019.

Discussão

No plenário, o deputado Alex de Madureira (PSD) afirmou que o Estado precisa dessa medida. “Nós estamos discutindo desde 2019 a criação de condições para que empresas possam investir no turismo em São Paulo, tirando esse peso do Estado, esse investimento tem que ser atraído da inciativa privada e esse projeto vai dar condições para que isso aconteça”, disse.

Contrário à proposta, o deputado Enio Tatto (PT) acredita que ao invés de aprovar o projeto, o governo deveria investir mais nos municípios que são instâncias turísticas. “Será que não seria mais benéfico, um resultado imediato, criação de emprego e de renda, se o governo do Estado desse um aporte financeiro para essas pessoas se estruturarem e se equiparem, para desenvolverem o turismo dos passeios, para São Paulo não viver apenas do turismo dos negócios?”, questionou o parlamentar.

O deputado Vinicius Camarinha (PSB), líder do governo, disse que não há relação igualitária entre os projetos de municípios de interesse ou instância turística e o que cria os distritos turísticos.

Ele explicou as diferenças entre as duas matérias. “A Assembleia vai elaborar e vai aprovar quais são os municípios de interesse turístico, porque é o outro conceito, envolve recurso vinculado, envolve outras características. Os distritos turísticos são regiões ou pedaços de uma cidade que o Estado vai apoiar com toda a sua estrutura jurídica, administrativa e, se for necessário, financeira, não há recurso vinculado”, afirmou Camarinha.

O parlamentar enfatizou a importância da medida. “Esse é mais um caminho que nós estamos dando para o setor de turismo, mais uma ferramenta”, disse.

Para o deputado José Américo (PT), o projeto é importante, mas que precisa ser mais detalhado. “O melhor que o governo poderia fazer é retirar esse projeto e refazê-lo”, declarou.