[fwrsw_print_responsive_full_width_slider_wp]
São Paulo Recebe Exposição Imersiva Sobre Monet

São Paulo Recebe Exposição Imersiva Sobre Monet

A mostra reproduz cenários da vida do pintor e ensina de forma interativa sobre as técnicas impressionistas

Em cartaz desde o dia 13 de agosto no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, a exposição interativa Paisagens Impressionistas de Claude Monet – Uma Experiência Sensorial imerge os visitantes nas cores e nas técnicas utilizadas pelo pintor francês. Com trilha sonora composta pelo paulistano Alexandre Guerra, o espaço de 380m² é dividido em oito salas temáticas que remetem à Belle Époque, período de cultura cosmopolita que perdurou na Europa do fim do século XIX ao início da Primeira Guerra Mundial.

A visita começa pelo “Ateliê“, que reproduz o espaço em Giverny, na Normandia, onde o artista recebia os seus convidados. A exposição continua por uma calçada inspirada na Rue de Paris”, com vitrines cenográficas que vão dando o tom da sala seguinte, o “Café dos Impressionistas“. Ali, a referência é o Café de la Nouvelle-Athènes, local na capital francesa onde Monet e outros jovens pintores como Renoir, Pissarro e Cèzanne se reuniam para discutir arte.

Monet primeira sala
A sala que reproduz o ateliê de Monet é decorada com alguns de seus quadros mais famosos. Crédito: As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação

A sala “Estilo e Técnica”, na sequência, mostra como a evolução dos materiais, o uso da tinta a óleo e o pincel chato influenciaram o trabalho dos impressionistas. O espaço também chama atenção pelo predomínio das cores vibrantes, que Monet começou a usar cada vez mais depois que foi diagnosticado com catarata nos dois olhos em 1907, e pela referência à Catedral de Rouen, que o pintor retratou em diferentes horários e estações do ano em 50 telas diferentes.

A incidência da luz captada com maestria nos quadros do artista é o tema da sala “Variações do Monte de Feno”. Inspirada na obra “Meules”, que foi leiloada pelo valor recorde de US$ 110 milhões em 2019, ela utiliza um jogo de luzes em constante mudança para mostrar os diferentes tons de um campo de feno.

Exposição Monet
A sala “Variações do Monte de Feno” faz referência a obra “Meules”, em que o pintor abordou as diferentes tonalidades causadas pela incidência da luz. Crédito: As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação

A exposição fica um pouco mais sombria no “Túnel”, uma alegoria da incessante busca pela perfeição e outros conflitos internos que Monet vivenciou em sua vida, mas logo retoma a sua leveza em “Imersão na Paisagens”, onde espelhos e projeções fazem você se sentir dentro das telas do impressionista.

O percurso termina na “Ponte do Jardim Japonês”, que simboliza um momento de virada na vida do artista: ao ganhar cem mil francos na loteria, Monet conseguiu comprar uma casa em Giverny e construir o Jardin D’Eau, de inspiração japonesa. A sala representa esse lugar, com direito a uma ponte cenográfica e aroma de flores no ar.

Exposição Monet, última sala
A sala “Ponte do jardim japonês” traz o aroma dos jardins de Monet. Crédito: As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação

A exposição, de curadoria da Karina Israel e Patrícia Secco, fica em cartaz até o dia 19 de setembro. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla ou na própria bilheteria do Shopping Pátio Higienópolis e custam R$ 40 (estudantes, idosos e crianças até cinco anos pagam meia entrada). Os horários de visitação são de segunda a sábado, das 10h às 21h30, e nos domingos e feriados, das 12h às 20h.

O mais célebre dos impressionistas

Claude Monet nasceu em Paris em 1840, mas mudou-se com a sua família para a região da Normandia aos cinco anos de idade. Ele só retornou à capital francesa aos 17 anos, graças à ajuda financeira de uma tia, para estudar pintura. Embora tenha tido problemas de visão causados pela catarata nos dois olhos, o artista continuou pintando telas até a sua morte aos 86 anos. A casa em que ele passou os seus últimos momentos, em Giverny, foi transformada no museu Fondation Monet. Foi através do quadro de Monet “Impressão: Nascer do Sol” que o termo “impressionismo” passou a ser utilizado para definir o movimento artístico que surgiu no final do século XIX, marcado pela decomposição das luzes e cores do momento exato de uma cena.

Fonte: viagemeturismo.abril.com.br